quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Catarina


Dá-me lume é uma boa maneira de começar uma música.

Ao regressar da pátria pelo Natal, numa manhã de nevoeiro (bom, se calhar estava só húmido e era de noite), e levados por não sei qual encadeamento de acontecimentos, esbarrámos, no bar Princesa 23, com três portugueses que estavam por cá.

Palavra puxa palavra, peixe não puxa carroça, já lá vão umas duas semanas, uma amizade foi-se desenvolvendo. As suas histórias, são várias, as suas origens, duvidosas, a minha paciência para as explicar...nenhuma. São eles a Catarina, a Joana e o Henrique.

E vocês perguntam: Daniel.... mas só está aí uma rapariga!!! E eu digo, pois é bebés, mas só ela é que veio ainda cá a casa, ainda estamos estamos à espera dos outros (Pst andem cá!)

Farto de me divertir e aprender com as perversões de Catarina, espero encontrar uma frase de jeito para concluir este post enquanto vou para as aulas de catalão.

Daniel

Rita


Ela é a super Ritonça (porque o Bruno não me deixa pôr Ritó - copyright *cof*)!
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Chegada a Barcelona em Janeiro para trabalhar em arquitectura, com duas trouxas, uma muda de roupa e a família do novio para a receber. Com muito esforço e preserverança (e algum paleio) conseguiu um emprego jeitoso;)
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Depois de uma visitinha rápida cá a casa - o tuga tem seeempre de mostrar a casa - embarcou nesta grande aventura chamada... ESTÁGIO CURRICULAR! (Hum...)
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A comunidade tuga arquitectónica cresce de dia pra dia e não há maneira de a deter! (Maldição!)
Felicidades Rita, passa sempre por cá para comer à pala!
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Daniel

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008



VISC A BARÇA!!!

Verdade, verdadinha, tratam-se de mais fotografias para o nosso álbum de família desta feita do jogo Barcelona-Sevilha (para a Taça do Rey) em Camp Nou que terminou com o espectacular resultado de... 0-0! O ambiente esse sim, inesquecível. Vejam vocês mesmos!

Quanto às outras fotos, trata-se de um grupo de portugueses que achámos cá, cinéfilos, apreciadores de música e... (pois é).... alguns são mesmo arquitectos (a maldição da múmia volta a atacar!)


E o resto? Epa, cursos de Ilustração, conferências de cinema, mercados de livros excelentes por 1 Euro, tráfico de serviços de mesa, há muito para contar... mas isso fica para a próxima;)


Bjs e abraços, já só faltam 4 meses para os Santos Populares!

Daniel

domingo, 13 de janeiro de 2008

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008



Pegas na guitarra e tocas uns acordes, eu finjo que não te estou a ouvir, e que estou absorvida na minha leitura...faço-o porque já te vou conhecendo e sei que perdes a concentração quando és demasiado observado...e eu não quero que percas nem uma milésima do sentimento com que te contemplo agora...

...estás inspirado como nunca te conheci até agora...de olhos fechados, os teus dedos sentem e falam por ti em cada acorde profundo, em cada pausa silenciosa entre dois toques mais doces ainda que a melodia anterior...será que te dás conta da beleza que transmites assim, será que percebes que estou aqui, não mais podendo disfarçar a minha leitura?

...estás em sintonia profunda com a tua guitarra, e nunca até agora te conheci tão bem como te estou a conhecer neste momento Dani...que tela linda que tu davas neste instante...

Mas nem pintado, nem fotografado...somente as palavras poderão guardar o silêncio e respeito para que a tua guitarra continue a falar assim...

...obrigado...

Cristina

Aprisionados em Barcelona, cá estamos "todos" para este ano de 2008.
Fora do cerco de Portugal, na 2ª temporada, vamos testar as nossas capacidades de sobrevivência, cada um começará a testar as suas tendências, ora do tipo Abruzzi, ora T-Bag.
A estratégia será individual; apoiada na inteligência, num gesto pensado de cada passo, ou quem sabe, destapando o lado mais obscuro no nosso ser para atingir a sua meta.

Por isso não percam, mais um temporada dos aprisionados em Barcelona, já estreou a 6 de Janeiro!


"Bruno Scofield"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Give That Man a Cigar

da crónica "O Inspector, a Lei, a Cigarrilha, o Casino e o País Pacóvio" de Fernanda Câncio in Diário de Notícias, 04 Jan 2008

"Não é ouro sobre azul, mas é preto sobre prata, o acaso que juntou, na noite da passagem de ano e no salão do mesmo nome, o inspector António Nunes, notório líder da ainda mais notória ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) e a repórter do DN Céu Neves. (...) O inspector, coitado, devia estar lá para passar um bom bocado e eis que se transformou em notícia, ao vivo, a cores, e até com cheiro, ao ser visto pela Céu a saborear uma cigarrilha nas primeiras horas da entrada em vigor da lei do tabaco, que o organismo que chefia tem a incumbência de fiscalizar. O fotógrafo Tiago Melo enquadrou-o e zás, uma imagem que já correu o mundo (a agência Reuters pegou nela, como a BBC, o New York Times e o Der Spiegel).

António Nunes lá arranjou uma explicação: que estava num casino e que a lei do tabaco não se aplicava ali. Assis Ferreira, do casino, veio reiterar: que a lei do jogo se sobreporia a outra, etc. e tal. O que, a bem dizer, é extraordinário (...) porque a lei do jogo não diz nada sobre o fumo do tabaco a não ser que se devem criar "sempre que possível", nas salas de jogo, espaços para não fumadores - o que significa apenas que se assumia o princípio geral anterior à nova lei, o de que os o-fumadores eram os parentes pobres, discriminados em todo o lado; porque se a lei do jogo se sobrepusesse à do tabaco, também se sobreporia a similares como a droga, o que implicaria poder-se snifar coca e fumar chinesas no salão preto e prata; e porque as respostas de Nunes e Ferreira significam que ou não sabem do que falam - e exigia-se que soubessem - ou estão a inventar desculpas tristemente sem pés nem cabeça.

O pior de tudo isto, porém, não é o péssimo exemplo que o dirigente da ASAE, grande inquisidor da colher de pau e da bola de berlim, deu ao país todo na matéria do cigarro, numa espécie de licença tácita para abandalhar. Nem a descredibilzação do seu papel e do da entidade que chefia. Nem o facto de vermos deputados a terem de "Analisar" uma lei que aprovaram, a ver se a percebem (e a exigirem que o director Geral de Saúde que os esclareça, que lata), ou um casino a tentar não pagar uma multa. O pior de tudo isto é a parvoíce provinciana de um país que, cinco meses e meio após a aprovação da lei, acorda para a realidade como se lhe tivessem decretado de surpresa as novas regras e como se leis como esta - e mais rigorosas que esta - não estivessem em vigor, há anos, noutros países, onde, diz-se, parece que também há casinos, e discotecas, e restaurantes, e cafés, e pubs e, imagine-se, fumadores. E onde, consta, ninguém foi à falência ou se suicidou".